A aproximação de um evento tão importante como os Jogos Olímpicos faz a maioria dos brasileiros voltarem a atenção para os nossos atletas e as nossas chances de medalha. Mas todo o trabalho para levar um atleta a uma Olimpíada, com chance de ganhar uma medalha, começa bem antes dos Jogos. Começa, pelo menos, quatro anos antes, no início do ciclo olímpico.
Tudo tem que ser considerado, e na preparação do atleta muitos aspectos são fundamentais: a parte técnica e tática, a preparação física, a alimentação, o descanso e a preparação psicológica.
Durante muitos anos, a presença de um psicólogo acompanhando um atleta ou uma equipe só era solicitada quando existia algum problema. Mas atualmente, e cada vez mais, os próprios atletas, os técnicos e todas as pessoas envolvidas no contexto esportivo, consideram que a preparação psicológica é um aspecto fundamental para o bom rendimento.
E essa preparação deve seguir o planejamento de preparação do atleta desde o início, para que o psicólogo tenha tempo para conduzir o seu trabalho.
Em 2008 tive a felicidade de participar da preparação psicológica da seleção feminina de voleibol e da conquista da medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de Pequim. Minha história com as meninas começou anos antes, nas categorias de base, quando acompanhei a maioria delas nas seleções juvenis e infanto-juvenis.
Atualmente acompanho a dupla de vôlei de praia Alison e Emanuel e a nossa parceria começou em 2011. Durante um ano e meio tive a oportunidade de desenvolver esse trabalho com os atletas, com a técnica Letícia Pessoa e com a comissão técnica.
Atualmente muitas modalidades olímpicas contam com o trabalho dos psicólogos esportivos. E alguns estarão acompanhando seus atletas em Londres.
Isso é uma grande conquista de todos os psicólogos brasileiros que trabalham seriamente para o desenvolvimento da psicologia esportiva no Brasil.
Tempo de mudanças!! Boas mudanças!!